FUMAROLA - FURNAS


Uma de muitas fumarolas ou chamadas (caldeiras ) das Furnas em S.Miguel Açores.

Fumarola (do latim fumus, fumo) é uma abertura na superfície da crosta da Terra (ou de outro qualquer corpo celeste), em geral situada nas proximidades de um vulcão, que emite vapor de água e gases tais como dióxido de carbono (mofeta), dióxido de enxofre, ácido hidroclórico, e sufureto de hidrogénio. A designação sulfatara, do italiano solfo, enxofre (via o dialecto siciliano), é dada às fumarolas que emitem gases sulfurosos.


As fumarolas podem ocorrer ao longo de pequenas fissuras ou de zonas de fracturação das rochas, formando alinhamentos, ou em zonas de fractura, tais como caixas de falha, formando por vezes extensos campos de fumarolas.

Os campos de fumarolas, como o das Furnas, na ilha de São Miguel, Açores, são áreas de concentração de nascentes termais e outras manifestações geotérmicas, em geral associadas a zonas onde rochas ígneas quentes se encontram a pequena profundidade e interagem com os aquíferos. Outras correspondem a zonas de desgasificação das formações, onde o magma subjacente está a perder gases que chegam à superfície com temperaturas e concentrações suficientemente elevadas para poderem ser facilmente notados.

Um bom exemplo de actividade fumarólica extrema é o famoso Valley of Ten Thousand Smokes, que se formou durante a erupção de 1912 do vulcão Novarupta no Alaska. Inicialmente existiam milhares de fumarolas nas cinzas em arrefecimento, mas ao longo do tempo a maioria foi-se extinguindo com o arrefecimento dos materiais. As fumarolas podem persistir durante décadas ou séculos se estiverem localizadas sobre uma fonte de aquecimento de longa duração, ou desaparecer rapidamente se estiverem associadas a materiais vulcânicos que percam rapidamente calor.

Em todas as regiões vulcânicas são comuns as fumarolas, muitas vezes associadas a geysers e a outras manifestações de termalismo.

A intensidade dos gases libertados, e a sua visibilidade, variam muito em função do estado de recarga dos aquíferos, da humidade relativa do ar (que pode tornar o vapor emitido bem mais espesso) e da maré terrestre, entre muitos outros factores. Assim, é comum notarem-se grandes variações diárias e sazonais no funcionamento das fumarolas sem que tal indicie qualquer alteração nas condições do vulcanismo local.
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